Iansã, filha de Iemanjá e irmã de Xangô, é a guerreira cuja essência está entrelaçada com os ventos tempestuosos. Sua história é marcada por lendas de coragem, independência e paixão incontrolável. Diz a lenda que, com seu machado duplo, ela abre caminhos nos céus e nas terras, liderando as almas nos momentos de transformação.

Na cultura iorubá, Iansã é reverenciada como a Orixá dos ventos, das tempestades e da paixão. Seu dia sagrado é a quarta-feira, quando os ventos são particularmente intensos. A cor predominante é o vermelho, simbolizando a paixão e a força tempestuosa que caracterizam Iansã.

O sincretismo religioso frequentemente associa Iansã à figura de Santa Bárbara ou Santa Sara Kali na tradição católica, mostrando a adaptabilidade da cultura iorubá em novos contextos.

Hoje, invoca-se Iansã para buscar coragem, transformação e paixão na vida. Sua presença é solicitada nos momentos de decisão, nos desafios que exigem ousadia e na busca pela força interior. Iansã é a guardiã dos caminhos, inspirando aqueles que buscam navegar pelos ventos da mudança.

Que a luz vermelha de Iansã ilumine nossos caminhos, trazendo a energia tempestuosa que nos impulsiona na direção da nossa verdade. Que seus ventos vigorosos nos guiem, dissipando obstáculos e abrindo caminhos audaciosos em meio aos desafios da vida.